Gente, eu estava tão fraca, mas, te juro, dava uma sensação tão boa, estar em outro país, conversando em espanhol com uma pessoa que nunca me viu, mas que contava histórias com tanta paixão! E por fim, ele tinha uma pasta, sabe aquelas pastas grandes de guardar mapas, etc? Então, ele abriu a pasta e de lá surgiram verdadeiras obras de arte.Ele disse que poderíamos escolher o desenho, a pintura que mais nos interessava e ele faria um preço especial.
Então, tentando não ser indelicada, disse que não tinha dinheiro suficiente. Acho que ele cobrava 40 soles por cada desenho.
Prometi a ele que voltaria no dia seguinte, mas, infelizmente não consegui voltar.
Ai que ódio, porque ele sobrevive disso, da arte dele, e ele poderia simplesmente nos oferecer suas pinturas e só.
Mas, não, ele estava em uma noite fria fazendo papel de guia.
Uma pena mesmo.
Quem for a Cuzco, e encontrar com um rapaz de nome Pepe, muito falante e muito educado e simpático, por favor, diga que eu mandei lembranças.
Mas, enfim, precisávamos voltar ao hotel, precisávamos descansar pois no dia seguinte acordaríamos muito cedo.
De onde estávamos, normalmente não daria 10 minutos até o hotel.
Digo normalmente, porque lá, por causa da altitude, você fica muito cansado, com falta de ar.
Eu então, do jeito que eu estava enjoada, com fraqueza, nem se fale.
Gente, eu andei tão devagar, que parece que eu estava há uns dez dias sem dormir.
Era um cansaço fora do comum.
Me arrastei rua acima, parando várias vezes e finalmente cheguei no hotel.
Todo esse esforço me enjoou mais ainda , e assim que cheguei no quarto, corri ao banheiro para vomitar.
Uma sensação horrível, mas agora eu poderia deitar e descansar.
Tomei um comprimido de Soroche Pills antes de dormir, rezando para que fizesse efeito.
Antes de deitar abrimos a janela para entrar um pouco de ar fresco e vimos a Plaza de Las Armas e todas as casinhas ainda iluminadas, lindas.
Aquele friozinho gostoso, era um convite para descansarmos.
Finalmente, adormeci.
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