Não fazíamos ideia de quanto tempo havia passado e se ainda estávamos no Brasil.
Só nos restava aguardar, jogar mais um pouco, minha filha voltou a assistir o filme e então o inesperado.
Nossos ouvidos começaram a coçar e era uma coceira tão forte que logo se transformou em dor.
Gente, não sei explicar, só que doía muito e por mais que a gente tentasse coçar ou "apertar" os ouvidos, nada adiantava.
Era como se os nossos ouvidos fossem explodir, sem exageros.
Olhei para as outras pessoas e algumas estavam também com as mãos nos ouvidos, só que outras estavam normais, conversando, rindo.
Que inveja senti nessa hora.!
Não sei precisar quanto tempo levou essa "tortura".
Mas, aos poucos, a dor foi passando e nossos ouvidos ficaram meio que doloridos, sensíveis, digamos assim.
Já estávamos ficando impacientes, pois parece que a hora não passava.
Falando em horas, sabíamos que em Cuzco, onde iríamos ficar hospedadas, eram 3 horas a menos.
Mas, sinceramente isso causou uma confusão, porque no planejamento da viagem, estava escrito que sairíamos do Brasil as 06h55 e chegaríamos em Lima, no Peru, as 08h50 . E depois pegaríamos o outro voo de Lima as 10h50 para Cuzco , com chegada final as 12h15.
Tirando o primeiro voo aqui no Brasil, o restante era em horário local.
Na verdade pelo horário de Brasília, o nosso primeiro voo durou 5 horas.
É uma loucura, mas isso serviu mais pra frente.
Bom, finalmente, o aviso sonoro, nos trouxe para a realidade, e finalmente estávamos chegando em Lima.
Repete-se todos os procedimentos de segurança, como por exemplo, janelas com cortinas abertas, todos sentados na posição vertical com os cintos de segurança, etc.
Assim que o avião pousa a vontade é de sair correndo para explorar o outro aeroporto, mas, agora, já não estávamos no nosso país e apesar de termos lido bastante sobre o Peru, Lima e Cuzco, é bem diferente.
Não sabíamos por onde começar, que porta ir, mas ainda bem, que é tudo bem sinalizado.
E o espanhol não é tão difícil de entender.
Após algumas tentativas conseguimos nos localizar e o tempo de novo confundiu, as benditas três horas a menos.
Não me recordo ao certo, se estavam anunciando nosso voo, mas tinha um rapaz que ficou nos apressando e começou a falar em inglês, e graças a Rebecca, que fala inglês, entendemos que teríamos que dar a volta por fora do aeroporto, porque lá dentro, a funcionária não nos deixou passar.
Corremos como fugitivas para entrar e na verdade não estávamos tão atrasadas assim.
Tive a impressão que em Lima, as pessoas no geral não eram tão simpáticas.
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