quinta-feira, 30 de junho de 2016

O hotel

O hotel ficava de esquina numa ruazinha bem estreita cheia de paralelepípedos.
Ele por fora era simples.
Quando entramos ficamos encantadas. O nome do Hotel é Don Bosco e ele era todo de madeira.
A salinha de espera toda de madeira, com sofás bem arrumadinhos. Uma árvore de natal bem no meio da sala, dava um toque mais acolhedor ainda. Simples mas encantador.!
Como a agência já havia feito as reservas, era só entregar os passaportes e aquela Tarjeta de Imigración.
GianCarlo que fez praticamente tudo.
Uma moça muito simpática e sorridente, logo veio nos dar as boas vindas e nos ofereceu uma xícara de chá de coca.
A coca lá não é considerada entorpecente. Eles usam muito em forma de chá e mascam as folhas como chicletes.
Já tínhamos experimentado no Brasil, lá na agência.
Não é nenhum alucinógeno e nem no Brasil, nem em Cuzco, sentimos nada ao tomar o chá.
Dizem que a coca é rica em cálcio e ajuda muito no mal da altitude que lá é conhecido por soroche.
Tomamos essa xícara de chá com prazer, apesar de estar sem açúcar e queríamos logo ver nosso quarto.




Após GianCarlo dar as ultimas recomendações, nos despedimos e finalmente pegamos as chaves do quarto.
As escadas eram de madeira e entre um andar e outro, já conseguíamos ver a paisagem.
Linda demais, dava para ver ao longe, as casas, todas juntinhas, em algumas montanhas bem longe.
Mais um andar e chegamos ao nosso quarto.
Ficava em um corredor largo enfeitado por tapetes e quadros super coloridos.





Quando abrimos a porta, nos pareceu um quarto muito grande para nós duas.
Logo na entrada ficava o banheiro, pequeno, mas todo arrumadinho.
Com os sabonetinhos em cima da pia, uma graça.
Um guarda roupa de solteiro de madeira escura, em uma parede e três camas de solteiro.
Corremos para se jogar na cama, e fomos logo escolhendo quem ficaria com qual cama.
Aquele colchão de molas, parecia o paraíso. E em cada cama havia cobertores todos desenhados, muito, mas muito pesados.







Ao lado de nossas camas havia um criado mudo de madeira e um abajur.
Fomos para a janela, e ao abrir as cortinas, que paisagem linda nos aguardava.
Foi uma delícia ver tudo isso, estávamos em estado de graça.






Nem desfizemos as malas, deixamos a mão o que iríamos precisar, porque queríamos sair logo.

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