terça-feira, 24 de março de 2020
Centésima postagem
Galera, cheguei na postagem de número cem.
Gostaria de ter feito uma postagem especial e com o sorteio de alguns marcadores de livros.
Mas resolvi escrever sobre o que esta acontecendo no mundo.
Tudo começou em janeiro na China.
Aqui se ouvia pouco ainda do que realmente era.
Só se falava em um vírus e ninguém deu muita importância.
Foi crescendo assustadoramente e começou a se espalhar.
Itália foi o país que se teve notícia em seguida.
E por fim chegou ao Brasil.
Confesso que nunca antes imaginei ver e passar por algo assim.
Estamos acostumados a ver algo assim em filmes, mas sempre achamos que nunca irá chegar tão perto.
Estávamos torcendo para que aqui não chegasse mas infelizmente chegou.
Dia 12/03/2020 tinha médico oftalmologista marcado.
Fui, e antes passei no centro de São Paulo, para comprar cigarros e comprar dipirona , paracetamol, e a vida estava lá, normal e corrida como sempre.
Ninguém parecia acreditar. Até fazia você repensar se realmente era tão preocupante.
Depois fui ao médico e aquele hospital estava cheio e também ninguém parecia se preocupar.
Peguei metrô e tudo estava normal.
Fui até a Avenida Paulista encontrar com a minha filha para irmos em uma pizzaria que nunca tínhamos ido antes.
Enquanto eu esperava por ela na porta do metrô literalmente, era quase seis horas da tarde e só quem já foi a Paulista esse horário sabe como é de tanta gente. E tudo estava normal. Pessoas felizes saindo do trabalho, conversando, alguns em seus celulares, outros com copos de café na mão. Tudo tão normal.
Fomos a pizzaria que se chama Braz Elétrica e tudo estava maravilhoso: o atendimento, a pizza , tudo.
Com certeza voltaremos. A propósito, tenho que deixar registrado que nunca antes tinha comido uma pizza com molho bolonhesa.
E depois fomos a pé pela Paulista ate um shopping que tem a loja Decathlon, porque minha filha precisava comprar uma luva , aquelas de academia.
Confesso que uma das coisas que mais gosto de fazer é caminhar por essa avenida.
Amo demais.
E tive um sentimento como se fosse uma despedida.
Guardei tudo aqui na minha cabeça, o cheiro, as luzes, os prédios iluminados.
E depois voltamos para casa .
Estou de férias do trabalho então já não estava saindo mesmo.
Semana passada o governador começou a dar entrevistas coletivas diárias sobre tudo o que estava acontecendo. E foi ficando cada vez mais assustador.
A mídia aproveitando tudo para fazer mais alarde do que já esta acostumada a fazer.
Li em algum lugar que agora para ser jornalista não precisa mais de diploma.
Estou começando a considerar de me apresentar a partir de agora como jornalista.
Tive ódio e nojo de ler coisas absurdas.
Quase ninguém posta sobre alguma notícia boa, por mínima que seja.
É só coisas ruins, número de mortos, picuinhas entre políticos, e o que me dá mais nojo, são aquelas matérias que começam com um título bem exagerado e tem uma palavra que também peguei raiva. Entenda.
Então, todos chocados com tudo isso, tentam se manter informados seja pela internet ou pela televisão.
E entre um anúncio e outro, aparece conselhos de psicólogos dando dicas para não surtar.
Eu escolhi me informar, mas não ficar conectada o dia inteiro.
Não tenho mais televisão a cabo, então procuro me informar pela internet. Mas sem bitolar.
Galera foi decretado oficialmente a quarentena aqui em São Paulo por 15 dias.
Todos são unanimes em dizer para que as pessoas permaneçam em casa.
Campanhas são feitas todos os dias, inúmeras propagandas e mesmo assim tem relatos de pessoas em diversos bairros que parece que a notícia do vírus não chegou lá ainda.
Eu e minha filha resolvemos ficar em casa sim.
Se cada um fizer a sua parte o que é ruim passa logo.
Acho que se fosse em outra época as pessoas com certeza iriam surtar muito rápido.
Mas hoje temos internet, WhatsApp, Netflix, entre tantas coisas, ninguém pode reclamar.
Aqui em casa, baixamos um app de exercícios físicos, temos muitos livros ainda não lidos, jogos, vídeo game do Super Mário e arroz, feijão por pelo menos dois meses.
Então vamos continuar acompanhando as notícias sim, mas não de forma exagerada, vamos ler, ouvir música, jogar , etc.
Espero de coração que isso passe logo, mas, não para voltar aquela vida louca de sempre.
Para que parem as mortes e que com tudo isso que estamos vendo com nossos próprios olhos, faça com que todos nós repensemos nossas vidas. Que aprendamos a dar valor para o que realmente é necessário.
E prometo que, assim que tudo isso passar, volto aqui e além de contar o fim desse pesadelo , faço uma postagem super legal.
Beijos e até a próxima.
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
Viagem a Cunha -SP
Primeira postagem do ano e com uma viagem muito especial.
Nós sempre tivemos vontade de visitar um campo de lavanda.
Todos já ouviram falar dos famosos campos de lavanda de Provence na França.
Mas é bem longe e caro.
Então descobrimos que tinha um pertinho em São Paulo.
Fica a quatro horas de São Paulo e conseguimos ir em uma excursão para lá.
Fomos com a Ecoturismo Brasil e a nossa guia foi a Denise.
O micro ônibus sai do metrô Vergueiro.
Fizemos uma parada, depois de duas horas, em um lugar chamado Graal que fica na rodovia Carvalho Pinto, s/n.
É como se fosse um restaurante por quilo mas com itens de café da manhã. Pães, bolos, frutas, frios, etc.
Na entrada olha o que tinha...
Uma referência a Harry Potter. Eu achei demais.
De volta a estrada e nossa guia começou a explicar sobre a história de Cunha.
Conseguiu nos transportar de volta ao passado e tivemos uma verdadeira aula de história, com ricos detalhes, foi tão maravilhoso que não sentimos as horas passarem e quando vimos já estávamos em Cunha.
Nossa primeira parada foi em um ateliê de cerâmica chamado Suenaga & Jardineiro.
Um lugar lindo, com peças em cerâmica, simplesmente encantador.
Forno Noborigama, método japonês de fazer cerâmica, podendo chegar a 1400 graus, é a temperatura do centro da terra meu povo .
Referente ao valor das peças, vi algumas a partir de 7 reais até 700 reais, mas os valores variam muito, dependendo do tamanho.
Em seguida fomos para A Casa do Artesão.
Lugar rustico, com várias peças de diferentes artesãos.
Lá você encontra mais cerâmica, bolsas, bijuterias, bonecas de pano entre outras coisas.
De lá, fomos para o centro de Cunha, onde tem o Mercado Municipal.
Foi um lugar também que nos levou de volta ao passado. Simples, mas com tantas delícias e produtos variados.
Uma das curiosidades do mercado é que antes de construí-lo era uma igreja e quando demoliram a igreja para construir o mercado, as pessoas da cidade não frequentavam o local em respeito ao solo sagrado ....nada como algumas décadas para a população se acostumar.
Quase ao lado do mercado tem a igreja matriz Nossa Senhora da Conceição.
Ela esta sendo restaurada e praticamente já estava fechando. Mas conseguimos entrar rapidamente para conhecer.
Um fato histórico nacional ocorreu nessa igreja, no ápice da Revolução de 32 , cariocas e paulistas confrontaram-se e tiros foram disparados contra a igreja.
Do lado de fora da igreja tem um relógio de sol, caso esteja sem celular ou relógio, já sabe onde ver as horas.
E como sempre nas nossas viagens, tem cachorrinhos super simpáticos.
Paramos então para almoçar em um restaurante chamado Panela de Barro.
A comida estava muito boa, aquele gostinho caseiro maravilhoso.
O restaurante é todo de madeira que dá aquele charme a mais.
Ficamos muito satisfeitas, tanto com a comida quanto ao atendimento.
Ao lado desse restaurante tem uma cachaçaria chamada EmiliAnne.
Fomos atendidas pela Vanilza, uma simpatia em pessoa.
Provamos cachaça de banana e gente nunca gostei de cachaça mas essa é espetacular.
Não resistimos e compramos uma garrafa de 275 ml que custou 25 reais.
O doce recomendado foi figo recheado com doce de leite e nozes e coberto por chocolate.
Eu provei e digo a vocês, é simplesmente divino.
Custa 6 reais e é muito recheado.
E esse cantinho? Não dá vontade de ir embora.
Caminhamos um pouco por algumas ruas pequenas mas históricas de Cunha.
Nosso ônibus estava estacionado lá perto mas conseguimos umas fotos lindas de lá.
Nessa foto, a árvore a direita é uma araucária, que dá o que a gente conhece como pinhão. Lá em Cunha tem até a Festa do Pinhão.
Lá você irá encontrar toda a calma e tranquilidade que jamais irá achar na cidade de São Paulo.
Logo na entrada tem uma lojinha com produtos de beleza fabricados com a essência de lavanda e outras plantas aromáticas e no fundo da loja uma cafeteria.
Compramos uma saboneteira linda com um sabonete de capim limão, foi 20 reais e uma água de lençol de lavanda por 25 reais.
Em Cunha praticamente nada é plano então quando for para o Contemplário e o Lavandário, prepare as pernas para fazer a exploração, o lado bom é que sempre tem banquinhos no caminho .
Nossa próxima parada foi a Fazenda Aracatu.
Tivemos o prazer de ouvir como são feitos os produtos que são comercializados por lá.
Nos foi contado sobre as vacas da raça Jersey e tivemos a oportunidade de degustar alguns tipos dos queijos de lá.
No meio desse bate papo fomos interrompidos algumas vezes por uma galinha e seus pintinhos, que tem a liberdade de circular por lá.
E também por um cachorrinho que eu apelidei de Boomer.
A moça que estava explicando sobre a produção de queijos disse que ele não é de lá, mas que algumas vezes aparece.
Só sei dizer que foi paixão a primeira vista. Ele muito brincalhão, e muito carinhoso.
Fez a minha passagem por essa fazenda ser ainda mais especial.
Próxima e ultima parada e o mais desejado por todos que escolhem Cunha é o LAVANDÁRIO !!!
O MUST do passeio , o que posso falar dessa vista mais linda que eu já vi na minha vida, com essas montanha intermináveis e como se diz por lá, mar de morros.
Para chegar nesse pedacinho de paraíso , precisamos subir "só" 150 degraus, parece muita coisa mas vale totalmente a pena e antes nem escada tinha, então não reclame.
Mas se as perninhas não aguentarem, tem um carro que sobe com os sedentários. Custa 5 reais a ida e 5 reais a volta.
O ingresso para o Lavandário se eu não me engano é 15 reais, como fechamos um pacote esse valor já estava incluso.
Lavandário é maior que o Contemplário e lá eles produzem em escala industrial, então é muita lavanda e alecrim. Imagina a explosão de cheiros!!!
Além dos campos de lavanda e alecrim, tem uma loja com cosméticos a base de lavanda e ao lado uma cafeteria.
Achei os valores um pouco altos, mas dá para entender o porque.
Estamos falando de uma planta frágil e com uma extração enxuta, e os preços altos não eram somente nessa loja, mas por toda a cidade.
Quando fomos experimentar o famoso sorvete de lavanda, já tinha acabado mas experimentamos de chocolate com lavanda.
Uma bola custa 15 reais e realmente foi como nossa guia falou, como os brasileiros não estão acostumados com a lavanda na gastronomia, as primeiras impressões são negativas, lembra gosto de hidratante ou perfume, rsrsrs mas depois você se acostuma com o sabor, vale a pena experimentar.
Fala se não vale a pena conhecer Cunha.
Só o Lavandário já compensa pegar uma estrada de quatro horas.
Se você ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários.
Até a próxima.
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